quarta-feira, 8 de maio de 2013

O poder das nossas crenças

Quem nunca ouviu falar na memorável frase de A. S. Exupéry? "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".


Esse breve trecho da obra “O Pequeno Príncipe” de Exupéry, nos ajuda a entender a tônica dessa reflexão, assim como o comportamento humano diante dos relacionamentos entre as pessoas, sejam elas, família, amigos e outros que proporcionaram algum sentindo especial em nossas vidas.

Sim! Estou afirmando que nós e mais ninguém somos responsáveis por tudo aquilo que cativamos. É óbvio que existem situações que fogem ao nosso controle, mas o que fazemos com cada uma dessas situações, depende única e exclusivamente de nós mesmos.

Se vivemos algo negativo no passado, depende de nós, transformamos essa experiência em aprendizado e focarmos num futuro diferente e positivo. Não há nenhum benefício na lamentação ou na vitimização. Use o tempo ao seu favor, invista em você e numa nova atitude diante da vida.

Como fazer isso?

É aí que entra o poder mágico de nossas crenças. Uma citação que explica bem esse conceito é a seguinte: “Suas crenças se tornam seus pensamentos, seus pensamentos suas palavras, suas palavras suas ações, suas ações seus hábitos, seus hábitos seus valores e seus valores se tornam o seu destino” Gandhi.

A primeira pergunta importante para tomarmos as rédeas de nossas vidas é a a seguinte: Quais são as suas crenças dominantes? Esse é o ponto partida para compreendermos o que acontece conosco e que muitas vezes por estarmos desconectados de nós mesmos, não percebemos que somos parte da nossa própria realidade. 

Relacionamentos amorosos, traição, desilusões, vida profissional, realizações, felicidade, prosperidade, tudo isso faz parte de um conjunto de crenças que temos acerca de nós mesmos.

A quem tenha uma visão positivista da vida e outros que enxergam a vida com uma lente preto e branco. Existem aqueles que creem que não da para ser feliz em tudo, e carregam dentro de si crenças famosas tais como: Sorte no jogo, azar no amor, ou, É bom demais para ser verdade, ou Quando a esmola é demais o santo desconfia. Balela! Mas o fato é que quando acreditamos em algo, estamos construindo nosso próprio destino.

É muito comum por exemplo uma mulher repetir infinitas vezes a famosa frase “Homem não presta” e adivinha, seu modelo mental vai atrair justamente homens que a farão se decepcionar e reforçar a sua crença ainda mais. Eu não falei, disse que homem não presta, dei uma chance e me decepcionei de novo. Bingo! É um ciclo vicioso.

Mas isso pode ser bem diferente.

Os que creem ser possível viver em harmonia e alimentar o amor constroem relacionamentos amorosos gratificantes.
Pessoas que nasceram nas piores condições de vida, mas que acreditaram no poder do desejo e na possibilidade de alcançar o que qualquer pessoa pode atingir, se tornaram empresários bem sucedidos, pessoas de sucesso nas diferentes áreas da vida.
Acreditar em algo faz com que se movimentem os recursos necessários para a sua realização.

Como mudar?

Quando recebo um paciente no meu consultório, o primeiro ponto a ser investigado é sobre o que ele pensaacerca dele mesmo e da sua vida, quais são as suas crenças.

Um bom exercício para identificar as crenças e poder mudá-las é o seguinte:
1) Faça um levantamento das suas crenças;
2) Em seguida, faça uma lista descrevendo essas crenças;
3) Depois, verifique se elas o fortalecem na direção dos seus objetivos, ou se limitam a sua realização;
4) Em seguida, reescreva a crença limitante transformando-a numa crença positiva, fortalecedora.

Ao escrever, por exemplo: "Os relacionamentos não dão certo para mim e sempre acabam em sofrimento", experimente substituí-la por: "Eu sou capaz de experimentar relacionamentos amorosos que trazem felicidade na minha vida".

Leia sua novas crenças todos os dias. Faça uma cópia e ande com elas dentro da carteira, salve na tela do computador, deixe uma cópia na mesa do trabalho, e quanto mais vezes acessar essas novas crenças, mais fácil será substituí-las internamente.

Além de ler, sinta, projete a cena na sua mente, visualize.

Outro exercício importante para alinharmos as nossas crenças é o exercício da visualização.

A visualização é extremamente potente para o alcance de objetivos, haja vista, que o nosso cérebro não é capaz de reconhecer o que é real ou imaginário. Um bom exemplo disso é quando nos emocionamos com um filme. Nós sabemos que é um filme, mas sentimos medo, comoção, alegria e outros sentimentos.


Enfim. Se estamos diariamente pensando em situações negativas, imagina como isso pode nos afetar. Por isso é muito importante manter uma padrão positivo diante da vida. Visualizar o que se deseja de bom, ao invés de focar no que aconteceu ou pode acontecer de ruim.
A importância do autoconhecimento
Identificar o que está baseando suas atitudes é o início da autotransformação.
Sem autoconhecimento e vigilância sobre o que motiva o que fazemos - e deixamos de fazer - não conseguimos chegar à origem das crenças que dirigem nossas vidas.
Mude seu padrão de pensamento, pare agora mesmo, olhe para dentro de si com honestidade e com amorosidade.Em vez de se julgar, lamentar, ou entrar no papel da vítima. Vire o jogo e faça acontecer da melhor forma possível. Só você é capaz disso!

Boa sorte e até a próxima!


Amanda Figueira é psicóloga e possui ampla experiência tanto na área Organizacional quanto clínica. 


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